Goalball

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O QUE É O GOALBALL?

Ao falar de Goalball, está-se a falar de um dos jogos colectivos mais emocionantes que existem. Para se compreender a veracidade do que acabou de ser dito, é preciso primeiro ter algum conhecimento sobre a modalidade.
Este desporto surgiu logo após a II Guerra Mundial. Visava ocupar desportivamente, os ex-combatentes que haviam cegado em combate.
Desta forma surgia o primeiro desporto criado especificamente para deficientes visuais, ao contrário de outros, não derivando de nenhuma modalidade existente.


No Goalball intervêm duas equipas de 3 jogadores cada. Que têm como funções, marcar golos e evitar que eles aconteçam na sua baliza. Este jogo é disputado geralmente em recintos fechados com piso de madeira polida ou sintético.

O Campo, tal como no voleibol, é dividido em dois quadrados de 9 metros cada, prefazendo assim, um comprimento total de 18 metros. Os 9 de largura, correspondem à largura da baliza que assim ocupa toda a linha final. Da mesma largura são as áreas em que o campo é dividido. Da linha de fundo até outra colocada 3 metros paralelamente à frente, encontra-se a chamada área de defesa, desta linha até outra paralela colocada 6 metros à frente da baliza, encontramos a área de lançamento. Os restantes seis metros recebem a designação de área neutra. A equipa nas acções defensivas apenas dispõe da área de defesa Distribuindo, geralmente, os 3 jogadores em triângulo, com o central numa posição mais avançada que os laterais. Existem marcações em relevo no interior da área defensiva que servem para orientação dos jogadores, Todas as outras linhas do campo são marcadas em relevo. A área de lançamento é por excelência a área de ataque. Os jogadores ao impelir a bola têm que fazer de forma a que o primeiro contacto desta com o solo se faça antes da linha de 6 metros.
Embora seja um desporto jogado preferencialmente por deficientes visuais, é obrigatória a utilização de vendas, de forma a que todos fiquem em igualdade de circunstâncias, permitindo assim a prática da modalidade por amblíopes e normovisuais.

A bola, fabricada exclusivamente na Alemanha, pesa pouco mais de um quilo. É oca, contém guizos no seu interior tem oito orifícios de forma a que seja ouvida mais facilmente pelos jogadores.
Assim, como se percebe, o jogo tem o tacto e a audição, como sentidos impreteríveis. A bola é rematada pelo chão, os jogadores colocam-se em posição baixa para a defender, recorrendo ao ouvido e tentando ocupar a maior área de defesa possível.
É um jogo onde os remates se sucedem. Onde a desconcentração é letal. Como tal, é fundamental que o jogo se desenvolva sem ruídos estranhos ao próprio. Este é um pormenor que pode causar algum desinteresse por parte de quem assiste, mas é compreensível e fundamental. Contudo, os golos podem ser entusiasticamente festejados como em qualquer outra modalidade.

HISTÓRIA DO GOALBALL EM PORTUGAL

É recente o incremento desta modalidade no nosso país. Em 1992 disputam-se as primeiras partidas, demonstrações dirigidas para o público escolar. Estão na origem desta modalidade os professores José Santos e António Santinha. Inicialmente, o Goalball era praticado por jogadores de Futebol, elementos do Atletismo e da Ginástica.
DURAÇÃO DO JOGO

Cada partida tem uma duração total de vinte (20) minutos, dividida em duas metades de dez (10) minutos cada uma. O oficial encarregado pela contagem do tempo, avisa trinta (30) segundos antes do começo de qualquer parte. Considera-se terminada qualquer parte do jogo quando expira o tempo. O intervalo entre uma parte e outra tem a duração de três (3) minutos. A partida recomeça assim que expirarem os três minutos. Se entretanto uma equipa não estiver preparada para recomeçar o jogo, será sancionada por atraso do jogo. A contagem do tempo fica suspensa durante as situações de sanção.

PROLONGAMENTO

Se for necessário enumerar um vencedor em caso de, ao terminar o tempo oficial, e o encontro resulte num empate no marcador, as equipas jogarão um prolongamento de seis (6) minutos de duração, dividido em dois períodos de três minutos cada um. De qualquer forma, o jogo termina no momento em que uma das equipas marcar um golo, e é proclamada vencedora.
Há um intervalo de três minutos entre o final do tempo oficial e a primeira parte do prolongamento. Um segundo lançamento de moeda determina o lançamento ou a recepção para cada equipa no princípio do prolongamento. Durante a segunda metade do prolongamento, invertem-se as posições na partida. Se se mantiver o empate depois do fim do prolongamento a questão resolver-se-á com o recurso a lançamentos livres.

PONTUAÇÃO

Sempre que a bola atravessar a linha de fundo e entrar na baliza, é marcado golo. Contudo, não é considerado golo se a bola cruzar a linha impelida pelo árbitro ou pelo juiz de baliza. Se se marcar um golo logo ao terminar o tempo, esse golo será validado sempre que a totalidade da bola tenha ultrapassado a linha antes de expirar o tempo.

TEMPO MORTO DE EQUIPA

A cada equipa são permitidos três tempos mortos de 45 segundos cada um durante o tempo oficial, para que possa contactar com o treinador. Uma vez declarada o tempo morto, as duas equipas podem utilizá-lo. Uma vez que uma equipa tenha solicitado um tempo morto e que dele tenha tirado proveito, não pode solicitar outro tempo morto ou uma substituição até que se efectue pelo menos um lançamento. Além disso, a cada equipa é permitido um tempo morto durante o prolongamento. Um treinador ou um jogador pode solicitar um tempo morto ao árbitro em qualquer momento por intermédio de sinais com a mão. não verbais. O árbitro pode declarar um tempo morto durante uma pausa oficial na partida ou quando a bola tenha sido tocada por um membro da equipa defensora. O árbitro reconhece o tempo morto dirigindo verbalmente à equipa que o haja solicitado em seu nome. O encarregado de medir os tempos dá um aviso audível 15 segundos antes que expire o tempo morto.

SUBSTITUIÇÕES DE EEQUIPA

Durante uma partida cada equipa pode efectuar um máximo de três substituições durante o tempo oficial e uma substituição durante o prolongamento. Uma vez que uma equipa efectue uma substituição, deve ser realizado pelo menos um lançamento para que a mesma equipa possa solicitar outra substituição ou um tempo morto.
O mesmo jogador pode ser substituído mais de uma vez; contudo, cada troca de jogador é registada como uma substituição.
Um treinador ou jogador pode pedir uma substituição ao árbitro em qualquer momento por meio de sinais com a mão, não verbais. O árbitro pode reconhecer uma substituição durante uma pausa oficial da partida ou quando a bola tenha sido tocada por um membro da equipa defensora. Uma vez reconhecida pelo árbitro, o treinador deve mostrar uma placa de substituição com o número do jogador que vai abandonar o campo e o do jogador que o vai substituir. Durante uma situação de sanção, é permitida a substituição de qualquer jogador, excepto o que foi sancionado.
O jogador que entra no campo e o que o abandona são acompanhados por um oficial, sem que troquem instruções verbais do treinador. Se o árbitro considerar que o treinador deu instruções aos seus jogadores no campo, imporá a essa equipa uma sanção por instruções ilegais. Se se levar a cabo uma substituição durante um tempo morto, é contabilizada tanto a substituição como o tempo morto, e é permitido ao treinador que dê instruções aos seus jogadores. Qualquer substituição que se realize no final de qualquer metade da partida não se considera dentro das três substituições permitidas, mas será reconhecida pelo árbitro.

BOLA MORTA

Se a bola ficar imóvel depois de tocar num jogador da equipa defensiva sem que este tenha podido ficar com ela em seu controlo ou sem que se tenha esforçado por fazê-lo, considera-se uma falta de capacidade da equipa para controlar a bola, e portanto é uma infracção. Esta regra não se aplica nos lançamentos livres ou remates de sanção.

FALTAS

Há dois tipos de faltas: pessoais e de equipa. Em ambos os casos, um único jogador permanece no campo para defender o lançamento de sanção. Caso seja uma falta pessoal, defende o próprio jogador sancionado. Caso seja uma falta de equipa, permanece o jogador que realizou o último lançamento anotado antes de ser cometida a falta. Caso se produza uma falta de equipa antes de ser feito qualquer lançamento, é o treinador que decide que jogador permanece em campo.
Todos os lançamentos de sanção devem levar-se a cabo de acordo com as regras do jogo.
Um jogador ou treinador pode recusar fazer um lançamento de sanção mediante sinais manuais não verbais.

Natação

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Este desporto é destinado a atletas de todos os tipos de deficiência, sendo que estão divididos em dois grupos: os portadores de deficiência visual e os todos os outros. As regras são as mesmas da Federação Internacional de Natação Amadora, com adaptações, em especial às partidas, viragens e chegadas. As competições, nas categorias masculina e feminina, por equipa ou individual, abrangem os quatro estilos oficiais: bruços, mariposa, costas e livre. As distâncias variam de 50 a 1500 metros. Os nadadores cegos podem receber um aviso do treinador quando se aproximam das bordas.

A História da Natação paraolímpica


A natação está presente no programa oficial de competições desde a primeira Paraolimpíada, em Roma, 1960. A primeira participação brasileira no quadro de medalhas ocorreu em Stoke Mandeville/1984 com a conquista de uma medalha de ouro, cinco de prata e uma de bronze. Nos Jogos Paraolímpicos de Seul/1988, o país ganhou um ouro, uma prata e sete bronzes. Na Paraolimpíada de Barcelona, o esporte obteve para o Brasil três bronzes. Em Atlanta/1996, a performance foi exatamente igual à de Seul. Em Sydney, a melhora no desempenho foi significativa, rendendo aos brasileiros seis ouros, dez pratas e seis bronzes. O melhor desempenho ocorreu mesmo em Atenas, onde o país conquistou 33 medalhas – 14 de ouro, 12 de prata e sete de bronze.
A entidade que controla a natação paraolímpica é o IPC - International Paralympic Committee, com atribuições semelhantes à FINA. Coordena as principais entidades esportivas internacionais que estabelecem as adaptações específicas para seus atletas: CP-ISRA (paralisados cerebrais), IBSA (deficientes visuais), INAS-FID (deficientes mentais), IWAS (cadeirantes e amputados). A prática da natação traz inúmeros benefícios. E não é diferente com os portadores de deficiência, pois, além dos benefícios físicos, nadar proporciona a integração social, a independência e o aumento da auto-estima nos atletas. Com um programa de treinamentos sério e a conseqüente profissionalização dos atletas portadores de deficiência, surge um novo cenário na natação paraolímpica. Sai de cena o esporte como forma de reabilitação e entra o esporte de alto-rendimento.
Ciente da importância de se fomentar a prática esportiva entre os atletas brasileiros, o Comitê Paraolímpico Brasileiro - CPB estabeleceu uma nova estratégia de incentivos, que vão desde a divulgação e organização de competições até o envio de atletas para eventos no Exterior, proporcionando-lhes maior experiência esportiva. Em 2001, essas mudanças tornaram-se ainda mais visíveis. Pela primeira vez, um deficiente assumiu o comando da entidade: Vital Severino Neto, cego desde a infância, foi eleito presidente do CPB. Um ano depois, o CPB ganhou nova sede em Brasília. A transferência contribuiu para que a entidade máxima do esporte paraolímpico nacional ganhasse maior visibilidade e acessibilidade por estar na cidade considerada como centro das decisões políticas do Brasil. Tantas mudanças refletiram no desempenho dos atletas brasileiros. Com a natação não foi diferente. Há um salto qualitativo visível nos últimos anos em provas individuais e revezamentos. Recordes mundiais, medalhas, conquistas nacionais e internacionais fizeram e fazem do Brasil uma grande referência no paradesporto mundial na modalidade. Atualmente muitos atletas ganham destaque por meio da natação paraolímpica. Um deles é Clodoaldo Silva, um dos maiores medalhistas paraolímpicos em Atenas/2004 e eleito Atleta Paraolímpico do Ano de 2005. A partir das Paraolimpíadas de Sydney/2000 e Atenas/2004, o esporte tem recebido muitas pessoas interessadas em praticá-lo e em participar de competições da modalidade.
Em 2005, um importante passo foi dado para a consolidação do movimento paraolímpico no País com a criação do Circuito Loterias Caixa Brasil Paraolímpico de Atletismo e Natação. Com um calendário fixo de competições, pela primeira vez os atletas puderam traçar um plano de treinamento adequado, visando às próximas competições. As seis primeiras etapas percorreram as principais capitais do País com recorde de público e de participantes. Os excelentes resultados confirmaram o grande potencial dos atletas brasileiros. A competição revelou ainda novos talentos nas pistas e piscinas. Na natação, o carioca André Brasil é um exemplo da importância de realização de competições nacionais. Descoberto na primeira etapa do circuito em Belo Horizonte, André é hoje uma das grandes promessas para Pequim/2008.

Judo

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O judo paraolímpico estreou nos Jogos de Seul em 1998, sendo disputado apenas por homens, só em Atenas (2004), que a as mulheres estrearam na modalidade. O esporte segue as mesmas regras do judô convencional, porém, passando por algumas adaptações como: a pegada já é estabelecida entre os atletas antes do início do combate, e quando eles perdem o contanto um com o outro, a luta é interrompida pelo árbitro. O competidor que sair da área de combate não pode receber punição.
Os judocas são divididos em três categorias oftalmológicas:
B1 - Cego
B2 – Percepção de vulto
B3 – Definição de imagem
A IBSA (Federação Internacional de Esporte para Cegos) é a responsável pela organização do judo paraolímpico. A organização rege o esporte em consonância com a IJF (Federação Internacional de Judô) e o IPC – Comitê Paraolímpico Internacional.

Equitação

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Praticada por atletas com vários tipos de deficiência, a modalidade tem uma peculiaridade: tanto os competidores quanto os cavalos participantes recebem medalhas. Na equitação, homens e mulheres competem juntos, sem distinções de categorias.
Para que a equitação paraolímpica possa ser praticada são necessárias algumas adaptações, a começar pela pista, que deve oferecer um nível de segurança maior do que as pistas convencionais. O local onde são realizadas as provas deve ter uma rampa de acesso para que os cavaleiros montem o cavalo. Além disso, há uma sinalização sonora que orienta os atletas com deficiência visual.
Antigamente, a equitação era utilizada como forma de reabilitação física de pessoas com deficiência, principalmente as que se recuperavam de acidentes que atingiam a coluna vertebral. O esporte fez sua estréia paraolímpica em Nova Iorque-1984, mas ficou 16 anos fora das grades da competição por ainda precisar desenvolver condições melhores aos atletas. Isso só aconteceu em Sydney-2000.

Ténis em Cadeira de Rodas

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O ténis em cadeira de rodas é um desporto paraolímpico praticado por cadeirantes cuja deficiência seja a perda dos membros ou a incapacidade de utilizá-los para locomoção. Utiliza as mesmas quadras do ténis convencional utilizando as mesmas regras com pequenas adaptações.A maior diferença da regra adotada neste esporte é a que a bola deve quicar duas vezes antes de ser rebatida, podendo o segundo quique ocorrer fora das linhas da quadra. A mesma regra é válida para os saques, que podem ser realizados por outra pessoa se a deficiência do jogador impeça a realização deste. Durante o jogo o jogador não pode deixar o assento de sua cadeira de rodas, sendo ela considerada parte do corpo do jogador.
O desporto foi criado por Jeff Minnenbraker e Brad Parks nos Estados Unidos em 1976, sendo o primeiro campeonato organizado no ano seguinte. Em 1981 foi fundada a WTPA (Wheelchair Tennis Player Association) para regular o novo esporte. Em 1981 foi incluído nas paraolimpíadas de Seul em caráter de exibição passando a valer medalhas a partir de 1992 em Barcelona.
No Brasil o pioneiro do desporto foi José Carlos Morais que o trouxe para o país em 1985, participando da delegação paraolímpica brasileira que representou o pais das paraolimpíadas de Atlanta em 1996

Futebol de 7

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A primeira Paraolimpíada em que o esporte esteve presente foi na de Nova Iorque 1984, mas só foi introduzido no Brasil cinco anos mais tarde, por Ivaldo Brandão, no Rio de Janeiro, vindo a estrear nos Jogos Paraolímpicos de Barcelona 1992.O futebol de 7 é voltado para homens com paralisia cerebral, seqüelas de traumatismo crânio-encefálico ou acidentes vasculares cerebrais. Cada equipe é formada por um goleiro e seis jogadores de linha. Todos os atletas pertencem às classes menos afetadas pela paralisia cerebral, ou seja, são todos andantes.As regras da Fifa são adaptadas pela Associação Internacional de Esporte e Recreação para Paralisados Cerebrais (CP-ISRA). Não há marcação de impedimento e a cobrança da lateral pode ser feita com apenas uma das mãos, rolando a bola no chão.O campo tem no máximo 75x55 m, com balizas de 5x2m e a marca do pênalti fica a 9,2 m do centro da linha de gol. A partida dura 60 minutos, divididos em dois tempos de 30, com intervalo de 15. Os jogadores são distribuídos em classes de 5 a 8, de acordo com o grau Da deficiência de cada um.Vale a regra de quanto menor o comprometimento físico, maior a classe. O time deve ter em campo no máximo dois atletas da classe 8 e, no mínimo, um da classe 5 ou 6. Os jogadores classificados como 5 são os que têm o maior comprometimento motor e, em muitos casos, não conseguem correr, por isso geralmente são escalados para a posição de goleiro.Vale lembrar que a paralisia cerebral compromete de variadas formas a capacidade motora dos atletas, mas, em cerca de 45% dos indivíduos, a capacidade intelectual não é comprometida.

Boccia

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História do Boccia

Os primeiros sinais de existência deste jogo remontam a alguns séculos antes de Cristo, a um túmulo de um jovem faraó egípcio onde foram descobertas 2 bolas de pedra um pouco maiores que as bolas de ténis, próximas de uma bola mais pequena que deveria ser usada como bola alvo.
A este primeiro testamento histórico juntar-se-á mais tarde o contributo dos gregos e dos romanos ao jogarem este jogo, agora com bolas em pele. O Boccia chegou mesmo a fazer parte dos jogos olímpicos dos gregos, como forma de divertimento, identificando-se como um jogo de "atirar bola ao ar".
Há também dados da introdução do jogo na costa florentina no séc. XVI pela aristocracia italiana mas tudo aponta no sentido de terem sido os romanos que trouxeram o jogo do sul de França na qual ainda hoje se pratica a conhecida petanca.
Assim durante séculos as pessoas juntaram-se nas ruas, nos parques, jardins para jogar Boccia sobre vários nomes: bochs, boulle, petanca, bowling e outros.
O Boccia enquanto modalidade para os sujeitos com Paralisia Cerebral teve a sua implantação e desenvolvimento nos últimos 20 anos assumindo o papel de grande interesse para a reabilitação do deficiente a nível recreativo e competitivo.Na verdade o jogo tem sofrido um desenvolvimento fantástico, a nível técnico e táctico, com número crescente dos participantes, número e diversidade de competições, e material utilizado.


O Boccia foi introduzido em Portugal em 1983 aquando da realização do 1º curso de Desporto para Deficientes com Paralisia Cerebral. No ano seguinte integrou o calendário competitivo do Campeonato Nacional para a paralisia Cerebral como modalidade de demonstração.
A partir desta altura houve diversas com o objectivo de sensibilizar e divulgar o jogo pelo país, tais como a sua introdução nas aulas de Educação Física, acampamentos, jogos experimentais e provas de âmbito local e regional.
Em 1988 foi reconhecido como modalidade Paralímpica. Hoje em dia, em Portugal, o Boccia é uma das modalidades com maior número de praticantes no que diz respeito à população com Paralisia Cerebral tendo vindo a aumentar um pouco por todo o mundo.
Actualmente realiza-se a nível nacional, o Campeonato Nacional por zonas, a Fase Final e o Campeonato de Portugal. A nível internacional temos os Campeonatos da Europa e do Mundo , a Taça do Mundo e os Jogos Paralímpicos.


Classificação


O Boccia como modalidade desportiva destina-se a indivíduos portadores de deficiência motora grave (P.C. ou outra) correspondente a grandes incapacitados divididos nas seguintes classes :
BC1 – São tetraplégicos com pouca amplitude de movimento funcional e pouca força funcional em todas as extremidades e tronco. Dependem de um acompanhante para ajustar ou estabilizar a cadeira ou para lhe dar a bola.
BC2 – São tetraplégicos com pouca força funcional em todas as extremidades e tronco, mas com capacidade para propulsionar a cadeira de rodas.
BC3 – São indivíduos com muitas dificuldades na preensão da bola e sem força funcional para fazer um lançamento para dentro de campo. Utilizam calhas para fazer o lançamento. Nesta classe estão incluídas outro tipo de deficiências com as mesmas características funcionais.
BC4 – Estão incluídos os indivíduos portadores de deficiência motora com limite funcional superior idêntico à BC2.


O Jogo


O objectivo do jogo é a marcação do maior número de pontos através do lançamento de séries de 6 bolas em direcção a uma bola alvo.
As bolas em número de 13 são: uma de cor branca que corresponde à bola alvo, 6 de cor azul e 6 vermelhas. As bolas são duras, mas revestidas a pele, possuindo a características de poderem ser agarradas e lançadas por pessoas com dificuldades de preensão.
O atleta pode lançar, pontapear ou usar um dispositivo auxiliar tipo goteira/calha para fazer rolar a bola.
É jogado numa superfície lisa e regular, num rectângulo de 12,5 x 6 m possuindo no topo 6 caixas de lançamento de 2,5m x 1m a partir das quais os jogadores executam os lançamentos.
O jogo inicia-se após sorteio por moeda ao ar para escolha das bolas. A primeira bola a ser jogada é a branca que será seguida de uma bola vermelha lançada pelo mesmo jogador.O desenrolar do jogo é muito simples e assenta num principio quem está a perder (está mais longe da branca) é que joga a seguir. Assim quem joga a bola branca (e desde que esta fique dentro da zona válida de campo) lança também a primeira bola de cor, a seguir joga o outro lado e depois joga sempre quem está a perder.

Futebol de 5

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Existem duas versões do "Futebol de cinco", uma criada pela FIFA nos anos 80 para rivalizar com o futebol de salão-FIFUSA e outra onde o Futebol-de-Cinco é uma modalidade de futebol para atletas com deficiência visual (parcial ou total). É recomendado pela International Blind Sports Federation (Federação Internacional de Esporte para Cegos). Foi jogada na Olímpiadas Paraolímpicas de 2004. Cada time tem quatro jogadores. O método para igualar o nível de deficiência é uso de vendas.
No primeiro caso a
FIFA chegou a organizar um Mundial da categoria em 1986 que foi vencido pelo Paraguai com o Brasil ficando em segundo lugar, mas depois, ao assumir a tutela do futebol de salão, a FIFA abandonou o esporte, embora tenha-o fundido ao anterior, criando novas regras e uma modalidade que hoje corresponde ao futsal, praticado principalmente na Europa sem apresentar nenhuma padronização nas regras ou mesmo federações nacionais organizadas, sendo muitas vezes tratado de Arena Soccer, o "Futebol de Cinco" inicial era basicamente uma versão do futsal
com cinco jogadores na linha e o goleiro, com os arremessos laterais e de canto sendo cobrados com os pés, hoje como há a falta de padronização nas regras, dependendo do país ou região, ele é exercido em quadras de areia, cimento, grama natural ou sintética, os arremessos são batidos com os pés ou mãos e algumas versões não há a penalidade máxima, mas um lance em que o atleta carrega a bola da meia-quadra até o goleiro tentando fazer o gol
No segundo caso, O Futebol de cinco, conhecido também como futebol de cegos, ou Futsal de Cegos, é uma adaptação do futsal para pessoas cegas. O esporte, organizado pela IBSA - International Blind Sports Federation, é jogado com regras modificadas da fifa, com bandas laterais, os times tem 4 jogadores de linha cegos, e o goleiro que enxerga normalmente (ele joga numa área reduzida, de 5mX2m. Os times usam também um chamador, que é um membro do time que fica atrás da meta adversária, orientando os jogadores de ataque. A bola possui guizos que produzem sons, através dos quais os atletas podem encontrar a bola. As partidas oficiais tem dois tempos de 25 minutos, com 10 minutos de intervalo.
O Futebol de Cinco é também chamado de Futebol B1, pois apenas atletas pertencentes a classe B1 das regras da IBSA podem participar dele.
B1 - Totalmente cego ou incapaz de perceber a forma de uma mão.
B2 - Possui visão parcial, capaz de reconhecer a forma de uma mão e possuidor de acuidade visual de até 2/60 ou campo visual menor que 5 graus.
B3 - Visão parcial, acuidade visual entre 2/60 e 6/60 e campo visual entre 5 e 20 graus.

Ciclismo paraolimpico

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Descrição do Ciclismo Paraolímpico:Paralisados cerebrais, deficientes visuais, amputados e lesionados medulares (cadeirantes) competem nas categorias masculina e feminina. O ciclismo paraolímpico pode ser praticado no individual ou por equipe. As regras seguem as da União Internacional de Ciclismo (UCI), mas com pequenas alterações relativas à segurança e à classificação dos atletas, feitas pela entidade que gerencia a modalidade: o Comitê de Ciclismo do Comitê Paraolímpico Internacional. As bicicletas podem ser de modelos convencionais ou triciclos (para paralisados cerebrais, segundo o grau de lesão). O ciclista cego compete em bicicleta dupla – também chamada de “tandem” – com um guia que pedala no banco da frente. Ambos podem ser do mesmo sexo ou não. Para os cadeirantes, a bicicleta é pedalada com as mãos: é o handcycling. As provas são de velódromo, estrada e contra-relógio
.Entenda mais sobre a classificação funcional
LC – Locomotor Cycling (ciclismo para deficientes de locomoção)
LC1 - Atletas com pequeno prejuízo em função da deficiência. Normalmente nos membros superiores.
LC2 - Esta classificação se aplica aos atletas com prejuízo físico em uma das pernas. Pode ser utilizada prótese para competição.
LC3 - Os competidores pedalam com apenas uma perna e não podem utilizar próteses.
LC4 - É a categoria que apresenta os atletas com maior grau de deficiência. Normalmente pessoas com amputação em um membro superior e um inferior.
Tandem - Para ciclista com deficiência visual ( B1, B2 e B3 )A bicicleta tem dois assentos e ambos ocupantes pedalam em sintonia. Na frente, vai um ciclista não-deficiente visual e no banco de trás vai o atleta com deficiência visual.

Esqui Alpino

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O Esqui Alpino Paraolímpico é uma adaptação do esqui alpino para atletas com defeciências. O esqui alpino Paraolímpico é um dos desportos integrantes dos Jogos Paraolímpicos de Inverno. Este está sob a alçada do Comité Paraolímpico Internacional e sob regras da Federação Internacional de Esqui.
Em adição aos Jogos Paraolímpicos, as corridas de esqui de elite para deficientes incluem os Campeonatos do Mundo de Esqui Alpino para Deficientes (realizada a todos os 4 anos de 1980 a 2004 e a todos os 2 anos a partir de 2009) e o Campeonato Mundial de Esqui Alpino para Deficientes do CPI, um circuito de corrida anual e internacional. Abaixo do nível de Taça do Mundo, as corridas são realizadas no nível Taça Continental. A Taça Europa (ou Europeia) é disputada na Europa, e a Taça Nor-Am na América do Norte; por fim, as corridas de nível sub-Taça do Mundo são também realizadas no Este Asiático, Austrália, Nova Zelândia, e América do Sul.
Em 1984, corridas slalom grandes para quatro categorias de esquiadores em pé masculinos foram realizadas como desporto de demonstração nas Paraolimpíadas de Inverno. Em 1988 uma categoria para deficientes foi outra vez demonstrada, desta vez para homens e mulheres mas limitadas a "três pistas" (atletas amputados nos joelhos).
Os esquiadores deficientes competem em 3 categorias medalháveis diferentes: em pé, sentados, e deficientes visuais. Cada um destes grupos está dividido de 3 a 7 classes, algumas das quais subdivididas em 2 ou 3 subclasses. Dentro de cada uma das 3 classes principais, por vezes são comparadas por significados de "sistema de factor" que tenta colocar os atletas com diferentes deficiências em pé de igualdade com um outro, multiplicando o tempo de cada jogador numa determinada categoria ou sub-classe num número fixo entre zero e um chamado "factor". O resultado é conhecido como o "tempo ajustado", que é o tempo que normalmente aparece na sequência das listas para corridas de esqui para atletas deficientes.

Arco e flecha

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O arco e flecha é regido de acordo com as regras da Federação Internacional de Tiro com Arco (FITA). A modalidade paraolímpica é dividida em três categorias: ARST (atletas com mobilidade reduzida das pernas), ARW1 (atletas tetraplégicos e com dificuldade de mobilidade nos braços) e ARW2 (atletas paraplégicos).
O objetivo do esporte é atirar flechas em um alvo (circunferência) que fica a uma distância de até 70 m (depende da categoria) dos competidores. Quanto mais próxima a flecha ficar do centro do alvo, mais pontos o atleta obtém. A pontuação máxima (o centro) é de 10 pontos.
Após a fase de classificação, que ocorre nos dois primeiros dias de competição, os 64 melhores atletas avançam e se enfrentam em eliminatórias, até que sobrem dois competidores, que fazem a final e decidem a medalha de ouro. As competições são disputadas por atletas em cadeira de rodas. Nas Paraolimpíadas de Pequim, homens, mulheres e equipes irão competir.

Esgrima

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Com provas individuais ou por equipes, esta modalidade destina-se a portadores de deficiência física motora, em cadeira de rodas, nas categorias masculina e feminina. A cadeira é fixada ao solo, por meio de uma armação especial, que ao mesmo tempo posiciona o atleta num certo ângulo e distância. A partida tem três períodos de três minutos - ou até um dos adversários completar 15 pontos e pode ser disputada nas categorias: florete, espada (masculina e feminina) e sabre (masculina).