História dos Jogos Paraolímpicos

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Os Jogos Paraolímpicos (forma preferível a para-olímpicos, paralímpicos ou parolímpicos) são um evento desportivo de múltiplos desportos, equivalente aos Jogos Olímpicos, com provas restritas a atletas com deficiências físicas, mentais ou sensoriais. Inclui atletas com deficiências de mobilidade, amputações, cegueira e paralisia cerebral. Os Jogos Paraolímpicos ocorrem a cada quatro anos, após os Jogos Olímpicos, e são geridos pelo Comité Paraolímpico Internacional.
Em 1948, Sr Ludwig Guttmann organizou uma competição envolvendo veteranos da II Guerra Mundial com lesões na medula; Em 1952 juntaram-se a esses jogos competidores dos Países Baixos, desse modo internacionalizando o evento.
Os primeiros jogos para atletas com deficiências organizados à imagem dos Jogos Olímpicos realizaram-se em Roma, em 1960, e ficaram conhecidos como Jogos Paraolímpicos. Os primeiros Jogos Paraolímpicos de Inverno realizaram-se na Suécia, em 1976.
A partir de 19 de Junho de 2001, foi assinado um acordo entre o Comité Olímpico Internacional e o Comité Paraolímpico Internacional que determina que os Jogos Paraolímpicos serão realizados em paralelo com os Jogos Olímpicos.
Em 2000, os deficientes mentais foram excluídos dos jogos por causas de denúncias de fraudes na escalação dos atletas. Na época, um jornalista se infiltrou na equipe de basquetebol da Espanha, e descobriu que atletas sem deficiência eram escalados, inclusive o próprio jornalista foi escalado entre os jogadores.
Havia muita dificuldade em definir o que seria "deficiência mental" já que os critérios não são bem definidos. Na última assembléia geral do Comité Paraolímpico Internacional em Cairo no Egito em 2004, foi aprovada a resolução que permitia novamente a participação de portadores de deficiência mental nos jogos.
Os últimos Jogos Paraolímpicos foram realizados em Pequim, na China, em 2008.

Goalball

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O QUE É O GOALBALL?

Ao falar de Goalball, está-se a falar de um dos jogos colectivos mais emocionantes que existem. Para se compreender a veracidade do que acabou de ser dito, é preciso primeiro ter algum conhecimento sobre a modalidade.
Este desporto surgiu logo após a II Guerra Mundial. Visava ocupar desportivamente, os ex-combatentes que haviam cegado em combate.
Desta forma surgia o primeiro desporto criado especificamente para deficientes visuais, ao contrário de outros, não derivando de nenhuma modalidade existente.


No Goalball intervêm duas equipas de 3 jogadores cada. Que têm como funções, marcar golos e evitar que eles aconteçam na sua baliza. Este jogo é disputado geralmente em recintos fechados com piso de madeira polida ou sintético.

O Campo, tal como no voleibol, é dividido em dois quadrados de 9 metros cada, prefazendo assim, um comprimento total de 18 metros. Os 9 de largura, correspondem à largura da baliza que assim ocupa toda a linha final. Da mesma largura são as áreas em que o campo é dividido. Da linha de fundo até outra colocada 3 metros paralelamente à frente, encontra-se a chamada área de defesa, desta linha até outra paralela colocada 6 metros à frente da baliza, encontramos a área de lançamento. Os restantes seis metros recebem a designação de área neutra. A equipa nas acções defensivas apenas dispõe da área de defesa Distribuindo, geralmente, os 3 jogadores em triângulo, com o central numa posição mais avançada que os laterais. Existem marcações em relevo no interior da área defensiva que servem para orientação dos jogadores, Todas as outras linhas do campo são marcadas em relevo. A área de lançamento é por excelência a área de ataque. Os jogadores ao impelir a bola têm que fazer de forma a que o primeiro contacto desta com o solo se faça antes da linha de 6 metros.
Embora seja um desporto jogado preferencialmente por deficientes visuais, é obrigatória a utilização de vendas, de forma a que todos fiquem em igualdade de circunstâncias, permitindo assim a prática da modalidade por amblíopes e normovisuais.

A bola, fabricada exclusivamente na Alemanha, pesa pouco mais de um quilo. É oca, contém guizos no seu interior tem oito orifícios de forma a que seja ouvida mais facilmente pelos jogadores.
Assim, como se percebe, o jogo tem o tacto e a audição, como sentidos impreteríveis. A bola é rematada pelo chão, os jogadores colocam-se em posição baixa para a defender, recorrendo ao ouvido e tentando ocupar a maior área de defesa possível.
É um jogo onde os remates se sucedem. Onde a desconcentração é letal. Como tal, é fundamental que o jogo se desenvolva sem ruídos estranhos ao próprio. Este é um pormenor que pode causar algum desinteresse por parte de quem assiste, mas é compreensível e fundamental. Contudo, os golos podem ser entusiasticamente festejados como em qualquer outra modalidade.

HISTÓRIA DO GOALBALL EM PORTUGAL

É recente o incremento desta modalidade no nosso país. Em 1992 disputam-se as primeiras partidas, demonstrações dirigidas para o público escolar. Estão na origem desta modalidade os professores José Santos e António Santinha. Inicialmente, o Goalball era praticado por jogadores de Futebol, elementos do Atletismo e da Ginástica.
DURAÇÃO DO JOGO

Cada partida tem uma duração total de vinte (20) minutos, dividida em duas metades de dez (10) minutos cada uma. O oficial encarregado pela contagem do tempo, avisa trinta (30) segundos antes do começo de qualquer parte. Considera-se terminada qualquer parte do jogo quando expira o tempo. O intervalo entre uma parte e outra tem a duração de três (3) minutos. A partida recomeça assim que expirarem os três minutos. Se entretanto uma equipa não estiver preparada para recomeçar o jogo, será sancionada por atraso do jogo. A contagem do tempo fica suspensa durante as situações de sanção.

PROLONGAMENTO

Se for necessário enumerar um vencedor em caso de, ao terminar o tempo oficial, e o encontro resulte num empate no marcador, as equipas jogarão um prolongamento de seis (6) minutos de duração, dividido em dois períodos de três minutos cada um. De qualquer forma, o jogo termina no momento em que uma das equipas marcar um golo, e é proclamada vencedora.
Há um intervalo de três minutos entre o final do tempo oficial e a primeira parte do prolongamento. Um segundo lançamento de moeda determina o lançamento ou a recepção para cada equipa no princípio do prolongamento. Durante a segunda metade do prolongamento, invertem-se as posições na partida. Se se mantiver o empate depois do fim do prolongamento a questão resolver-se-á com o recurso a lançamentos livres.

PONTUAÇÃO

Sempre que a bola atravessar a linha de fundo e entrar na baliza, é marcado golo. Contudo, não é considerado golo se a bola cruzar a linha impelida pelo árbitro ou pelo juiz de baliza. Se se marcar um golo logo ao terminar o tempo, esse golo será validado sempre que a totalidade da bola tenha ultrapassado a linha antes de expirar o tempo.

TEMPO MORTO DE EQUIPA

A cada equipa são permitidos três tempos mortos de 45 segundos cada um durante o tempo oficial, para que possa contactar com o treinador. Uma vez declarada o tempo morto, as duas equipas podem utilizá-lo. Uma vez que uma equipa tenha solicitado um tempo morto e que dele tenha tirado proveito, não pode solicitar outro tempo morto ou uma substituição até que se efectue pelo menos um lançamento. Além disso, a cada equipa é permitido um tempo morto durante o prolongamento. Um treinador ou um jogador pode solicitar um tempo morto ao árbitro em qualquer momento por intermédio de sinais com a mão. não verbais. O árbitro pode declarar um tempo morto durante uma pausa oficial na partida ou quando a bola tenha sido tocada por um membro da equipa defensora. O árbitro reconhece o tempo morto dirigindo verbalmente à equipa que o haja solicitado em seu nome. O encarregado de medir os tempos dá um aviso audível 15 segundos antes que expire o tempo morto.

SUBSTITUIÇÕES DE EEQUIPA

Durante uma partida cada equipa pode efectuar um máximo de três substituições durante o tempo oficial e uma substituição durante o prolongamento. Uma vez que uma equipa efectue uma substituição, deve ser realizado pelo menos um lançamento para que a mesma equipa possa solicitar outra substituição ou um tempo morto.
O mesmo jogador pode ser substituído mais de uma vez; contudo, cada troca de jogador é registada como uma substituição.
Um treinador ou jogador pode pedir uma substituição ao árbitro em qualquer momento por meio de sinais com a mão, não verbais. O árbitro pode reconhecer uma substituição durante uma pausa oficial da partida ou quando a bola tenha sido tocada por um membro da equipa defensora. Uma vez reconhecida pelo árbitro, o treinador deve mostrar uma placa de substituição com o número do jogador que vai abandonar o campo e o do jogador que o vai substituir. Durante uma situação de sanção, é permitida a substituição de qualquer jogador, excepto o que foi sancionado.
O jogador que entra no campo e o que o abandona são acompanhados por um oficial, sem que troquem instruções verbais do treinador. Se o árbitro considerar que o treinador deu instruções aos seus jogadores no campo, imporá a essa equipa uma sanção por instruções ilegais. Se se levar a cabo uma substituição durante um tempo morto, é contabilizada tanto a substituição como o tempo morto, e é permitido ao treinador que dê instruções aos seus jogadores. Qualquer substituição que se realize no final de qualquer metade da partida não se considera dentro das três substituições permitidas, mas será reconhecida pelo árbitro.

BOLA MORTA

Se a bola ficar imóvel depois de tocar num jogador da equipa defensiva sem que este tenha podido ficar com ela em seu controlo ou sem que se tenha esforçado por fazê-lo, considera-se uma falta de capacidade da equipa para controlar a bola, e portanto é uma infracção. Esta regra não se aplica nos lançamentos livres ou remates de sanção.

FALTAS

Há dois tipos de faltas: pessoais e de equipa. Em ambos os casos, um único jogador permanece no campo para defender o lançamento de sanção. Caso seja uma falta pessoal, defende o próprio jogador sancionado. Caso seja uma falta de equipa, permanece o jogador que realizou o último lançamento anotado antes de ser cometida a falta. Caso se produza uma falta de equipa antes de ser feito qualquer lançamento, é o treinador que decide que jogador permanece em campo.
Todos os lançamentos de sanção devem levar-se a cabo de acordo com as regras do jogo.
Um jogador ou treinador pode recusar fazer um lançamento de sanção mediante sinais manuais não verbais.

Natação

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Este desporto é destinado a atletas de todos os tipos de deficiência, sendo que estão divididos em dois grupos: os portadores de deficiência visual e os todos os outros. As regras são as mesmas da Federação Internacional de Natação Amadora, com adaptações, em especial às partidas, viragens e chegadas. As competições, nas categorias masculina e feminina, por equipa ou individual, abrangem os quatro estilos oficiais: bruços, mariposa, costas e livre. As distâncias variam de 50 a 1500 metros. Os nadadores cegos podem receber um aviso do treinador quando se aproximam das bordas.

A História da Natação paraolímpica


A natação está presente no programa oficial de competições desde a primeira Paraolimpíada, em Roma, 1960. A primeira participação brasileira no quadro de medalhas ocorreu em Stoke Mandeville/1984 com a conquista de uma medalha de ouro, cinco de prata e uma de bronze. Nos Jogos Paraolímpicos de Seul/1988, o país ganhou um ouro, uma prata e sete bronzes. Na Paraolimpíada de Barcelona, o esporte obteve para o Brasil três bronzes. Em Atlanta/1996, a performance foi exatamente igual à de Seul. Em Sydney, a melhora no desempenho foi significativa, rendendo aos brasileiros seis ouros, dez pratas e seis bronzes. O melhor desempenho ocorreu mesmo em Atenas, onde o país conquistou 33 medalhas – 14 de ouro, 12 de prata e sete de bronze.
A entidade que controla a natação paraolímpica é o IPC - International Paralympic Committee, com atribuições semelhantes à FINA. Coordena as principais entidades esportivas internacionais que estabelecem as adaptações específicas para seus atletas: CP-ISRA (paralisados cerebrais), IBSA (deficientes visuais), INAS-FID (deficientes mentais), IWAS (cadeirantes e amputados). A prática da natação traz inúmeros benefícios. E não é diferente com os portadores de deficiência, pois, além dos benefícios físicos, nadar proporciona a integração social, a independência e o aumento da auto-estima nos atletas. Com um programa de treinamentos sério e a conseqüente profissionalização dos atletas portadores de deficiência, surge um novo cenário na natação paraolímpica. Sai de cena o esporte como forma de reabilitação e entra o esporte de alto-rendimento.
Ciente da importância de se fomentar a prática esportiva entre os atletas brasileiros, o Comitê Paraolímpico Brasileiro - CPB estabeleceu uma nova estratégia de incentivos, que vão desde a divulgação e organização de competições até o envio de atletas para eventos no Exterior, proporcionando-lhes maior experiência esportiva. Em 2001, essas mudanças tornaram-se ainda mais visíveis. Pela primeira vez, um deficiente assumiu o comando da entidade: Vital Severino Neto, cego desde a infância, foi eleito presidente do CPB. Um ano depois, o CPB ganhou nova sede em Brasília. A transferência contribuiu para que a entidade máxima do esporte paraolímpico nacional ganhasse maior visibilidade e acessibilidade por estar na cidade considerada como centro das decisões políticas do Brasil. Tantas mudanças refletiram no desempenho dos atletas brasileiros. Com a natação não foi diferente. Há um salto qualitativo visível nos últimos anos em provas individuais e revezamentos. Recordes mundiais, medalhas, conquistas nacionais e internacionais fizeram e fazem do Brasil uma grande referência no paradesporto mundial na modalidade. Atualmente muitos atletas ganham destaque por meio da natação paraolímpica. Um deles é Clodoaldo Silva, um dos maiores medalhistas paraolímpicos em Atenas/2004 e eleito Atleta Paraolímpico do Ano de 2005. A partir das Paraolimpíadas de Sydney/2000 e Atenas/2004, o esporte tem recebido muitas pessoas interessadas em praticá-lo e em participar de competições da modalidade.
Em 2005, um importante passo foi dado para a consolidação do movimento paraolímpico no País com a criação do Circuito Loterias Caixa Brasil Paraolímpico de Atletismo e Natação. Com um calendário fixo de competições, pela primeira vez os atletas puderam traçar um plano de treinamento adequado, visando às próximas competições. As seis primeiras etapas percorreram as principais capitais do País com recorde de público e de participantes. Os excelentes resultados confirmaram o grande potencial dos atletas brasileiros. A competição revelou ainda novos talentos nas pistas e piscinas. Na natação, o carioca André Brasil é um exemplo da importância de realização de competições nacionais. Descoberto na primeira etapa do circuito em Belo Horizonte, André é hoje uma das grandes promessas para Pequim/2008.

Judo

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O judo paraolímpico estreou nos Jogos de Seul em 1998, sendo disputado apenas por homens, só em Atenas (2004), que a as mulheres estrearam na modalidade. O esporte segue as mesmas regras do judô convencional, porém, passando por algumas adaptações como: a pegada já é estabelecida entre os atletas antes do início do combate, e quando eles perdem o contanto um com o outro, a luta é interrompida pelo árbitro. O competidor que sair da área de combate não pode receber punição.
Os judocas são divididos em três categorias oftalmológicas:
B1 - Cego
B2 – Percepção de vulto
B3 – Definição de imagem
A IBSA (Federação Internacional de Esporte para Cegos) é a responsável pela organização do judo paraolímpico. A organização rege o esporte em consonância com a IJF (Federação Internacional de Judô) e o IPC – Comitê Paraolímpico Internacional.

Equitação

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Praticada por atletas com vários tipos de deficiência, a modalidade tem uma peculiaridade: tanto os competidores quanto os cavalos participantes recebem medalhas. Na equitação, homens e mulheres competem juntos, sem distinções de categorias.
Para que a equitação paraolímpica possa ser praticada são necessárias algumas adaptações, a começar pela pista, que deve oferecer um nível de segurança maior do que as pistas convencionais. O local onde são realizadas as provas deve ter uma rampa de acesso para que os cavaleiros montem o cavalo. Além disso, há uma sinalização sonora que orienta os atletas com deficiência visual.
Antigamente, a equitação era utilizada como forma de reabilitação física de pessoas com deficiência, principalmente as que se recuperavam de acidentes que atingiam a coluna vertebral. O esporte fez sua estréia paraolímpica em Nova Iorque-1984, mas ficou 16 anos fora das grades da competição por ainda precisar desenvolver condições melhores aos atletas. Isso só aconteceu em Sydney-2000.

Ténis em Cadeira de Rodas

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O ténis em cadeira de rodas é um desporto paraolímpico praticado por cadeirantes cuja deficiência seja a perda dos membros ou a incapacidade de utilizá-los para locomoção. Utiliza as mesmas quadras do ténis convencional utilizando as mesmas regras com pequenas adaptações.A maior diferença da regra adotada neste esporte é a que a bola deve quicar duas vezes antes de ser rebatida, podendo o segundo quique ocorrer fora das linhas da quadra. A mesma regra é válida para os saques, que podem ser realizados por outra pessoa se a deficiência do jogador impeça a realização deste. Durante o jogo o jogador não pode deixar o assento de sua cadeira de rodas, sendo ela considerada parte do corpo do jogador.
O desporto foi criado por Jeff Minnenbraker e Brad Parks nos Estados Unidos em 1976, sendo o primeiro campeonato organizado no ano seguinte. Em 1981 foi fundada a WTPA (Wheelchair Tennis Player Association) para regular o novo esporte. Em 1981 foi incluído nas paraolimpíadas de Seul em caráter de exibição passando a valer medalhas a partir de 1992 em Barcelona.
No Brasil o pioneiro do desporto foi José Carlos Morais que o trouxe para o país em 1985, participando da delegação paraolímpica brasileira que representou o pais das paraolimpíadas de Atlanta em 1996

Futebol de 7

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A primeira Paraolimpíada em que o esporte esteve presente foi na de Nova Iorque 1984, mas só foi introduzido no Brasil cinco anos mais tarde, por Ivaldo Brandão, no Rio de Janeiro, vindo a estrear nos Jogos Paraolímpicos de Barcelona 1992.O futebol de 7 é voltado para homens com paralisia cerebral, seqüelas de traumatismo crânio-encefálico ou acidentes vasculares cerebrais. Cada equipe é formada por um goleiro e seis jogadores de linha. Todos os atletas pertencem às classes menos afetadas pela paralisia cerebral, ou seja, são todos andantes.As regras da Fifa são adaptadas pela Associação Internacional de Esporte e Recreação para Paralisados Cerebrais (CP-ISRA). Não há marcação de impedimento e a cobrança da lateral pode ser feita com apenas uma das mãos, rolando a bola no chão.O campo tem no máximo 75x55 m, com balizas de 5x2m e a marca do pênalti fica a 9,2 m do centro da linha de gol. A partida dura 60 minutos, divididos em dois tempos de 30, com intervalo de 15. Os jogadores são distribuídos em classes de 5 a 8, de acordo com o grau Da deficiência de cada um.Vale a regra de quanto menor o comprometimento físico, maior a classe. O time deve ter em campo no máximo dois atletas da classe 8 e, no mínimo, um da classe 5 ou 6. Os jogadores classificados como 5 são os que têm o maior comprometimento motor e, em muitos casos, não conseguem correr, por isso geralmente são escalados para a posição de goleiro.Vale lembrar que a paralisia cerebral compromete de variadas formas a capacidade motora dos atletas, mas, em cerca de 45% dos indivíduos, a capacidade intelectual não é comprometida.

Boccia

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História do Boccia

Os primeiros sinais de existência deste jogo remontam a alguns séculos antes de Cristo, a um túmulo de um jovem faraó egípcio onde foram descobertas 2 bolas de pedra um pouco maiores que as bolas de ténis, próximas de uma bola mais pequena que deveria ser usada como bola alvo.
A este primeiro testamento histórico juntar-se-á mais tarde o contributo dos gregos e dos romanos ao jogarem este jogo, agora com bolas em pele. O Boccia chegou mesmo a fazer parte dos jogos olímpicos dos gregos, como forma de divertimento, identificando-se como um jogo de "atirar bola ao ar".
Há também dados da introdução do jogo na costa florentina no séc. XVI pela aristocracia italiana mas tudo aponta no sentido de terem sido os romanos que trouxeram o jogo do sul de França na qual ainda hoje se pratica a conhecida petanca.
Assim durante séculos as pessoas juntaram-se nas ruas, nos parques, jardins para jogar Boccia sobre vários nomes: bochs, boulle, petanca, bowling e outros.
O Boccia enquanto modalidade para os sujeitos com Paralisia Cerebral teve a sua implantação e desenvolvimento nos últimos 20 anos assumindo o papel de grande interesse para a reabilitação do deficiente a nível recreativo e competitivo.Na verdade o jogo tem sofrido um desenvolvimento fantástico, a nível técnico e táctico, com número crescente dos participantes, número e diversidade de competições, e material utilizado.


O Boccia foi introduzido em Portugal em 1983 aquando da realização do 1º curso de Desporto para Deficientes com Paralisia Cerebral. No ano seguinte integrou o calendário competitivo do Campeonato Nacional para a paralisia Cerebral como modalidade de demonstração.
A partir desta altura houve diversas com o objectivo de sensibilizar e divulgar o jogo pelo país, tais como a sua introdução nas aulas de Educação Física, acampamentos, jogos experimentais e provas de âmbito local e regional.
Em 1988 foi reconhecido como modalidade Paralímpica. Hoje em dia, em Portugal, o Boccia é uma das modalidades com maior número de praticantes no que diz respeito à população com Paralisia Cerebral tendo vindo a aumentar um pouco por todo o mundo.
Actualmente realiza-se a nível nacional, o Campeonato Nacional por zonas, a Fase Final e o Campeonato de Portugal. A nível internacional temos os Campeonatos da Europa e do Mundo , a Taça do Mundo e os Jogos Paralímpicos.


Classificação


O Boccia como modalidade desportiva destina-se a indivíduos portadores de deficiência motora grave (P.C. ou outra) correspondente a grandes incapacitados divididos nas seguintes classes :
BC1 – São tetraplégicos com pouca amplitude de movimento funcional e pouca força funcional em todas as extremidades e tronco. Dependem de um acompanhante para ajustar ou estabilizar a cadeira ou para lhe dar a bola.
BC2 – São tetraplégicos com pouca força funcional em todas as extremidades e tronco, mas com capacidade para propulsionar a cadeira de rodas.
BC3 – São indivíduos com muitas dificuldades na preensão da bola e sem força funcional para fazer um lançamento para dentro de campo. Utilizam calhas para fazer o lançamento. Nesta classe estão incluídas outro tipo de deficiências com as mesmas características funcionais.
BC4 – Estão incluídos os indivíduos portadores de deficiência motora com limite funcional superior idêntico à BC2.


O Jogo


O objectivo do jogo é a marcação do maior número de pontos através do lançamento de séries de 6 bolas em direcção a uma bola alvo.
As bolas em número de 13 são: uma de cor branca que corresponde à bola alvo, 6 de cor azul e 6 vermelhas. As bolas são duras, mas revestidas a pele, possuindo a características de poderem ser agarradas e lançadas por pessoas com dificuldades de preensão.
O atleta pode lançar, pontapear ou usar um dispositivo auxiliar tipo goteira/calha para fazer rolar a bola.
É jogado numa superfície lisa e regular, num rectângulo de 12,5 x 6 m possuindo no topo 6 caixas de lançamento de 2,5m x 1m a partir das quais os jogadores executam os lançamentos.
O jogo inicia-se após sorteio por moeda ao ar para escolha das bolas. A primeira bola a ser jogada é a branca que será seguida de uma bola vermelha lançada pelo mesmo jogador.O desenrolar do jogo é muito simples e assenta num principio quem está a perder (está mais longe da branca) é que joga a seguir. Assim quem joga a bola branca (e desde que esta fique dentro da zona válida de campo) lança também a primeira bola de cor, a seguir joga o outro lado e depois joga sempre quem está a perder.

Futebol de 5

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Existem duas versões do "Futebol de cinco", uma criada pela FIFA nos anos 80 para rivalizar com o futebol de salão-FIFUSA e outra onde o Futebol-de-Cinco é uma modalidade de futebol para atletas com deficiência visual (parcial ou total). É recomendado pela International Blind Sports Federation (Federação Internacional de Esporte para Cegos). Foi jogada na Olímpiadas Paraolímpicas de 2004. Cada time tem quatro jogadores. O método para igualar o nível de deficiência é uso de vendas.
No primeiro caso a
FIFA chegou a organizar um Mundial da categoria em 1986 que foi vencido pelo Paraguai com o Brasil ficando em segundo lugar, mas depois, ao assumir a tutela do futebol de salão, a FIFA abandonou o esporte, embora tenha-o fundido ao anterior, criando novas regras e uma modalidade que hoje corresponde ao futsal, praticado principalmente na Europa sem apresentar nenhuma padronização nas regras ou mesmo federações nacionais organizadas, sendo muitas vezes tratado de Arena Soccer, o "Futebol de Cinco" inicial era basicamente uma versão do futsal
com cinco jogadores na linha e o goleiro, com os arremessos laterais e de canto sendo cobrados com os pés, hoje como há a falta de padronização nas regras, dependendo do país ou região, ele é exercido em quadras de areia, cimento, grama natural ou sintética, os arremessos são batidos com os pés ou mãos e algumas versões não há a penalidade máxima, mas um lance em que o atleta carrega a bola da meia-quadra até o goleiro tentando fazer o gol
No segundo caso, O Futebol de cinco, conhecido também como futebol de cegos, ou Futsal de Cegos, é uma adaptação do futsal para pessoas cegas. O esporte, organizado pela IBSA - International Blind Sports Federation, é jogado com regras modificadas da fifa, com bandas laterais, os times tem 4 jogadores de linha cegos, e o goleiro que enxerga normalmente (ele joga numa área reduzida, de 5mX2m. Os times usam também um chamador, que é um membro do time que fica atrás da meta adversária, orientando os jogadores de ataque. A bola possui guizos que produzem sons, através dos quais os atletas podem encontrar a bola. As partidas oficiais tem dois tempos de 25 minutos, com 10 minutos de intervalo.
O Futebol de Cinco é também chamado de Futebol B1, pois apenas atletas pertencentes a classe B1 das regras da IBSA podem participar dele.
B1 - Totalmente cego ou incapaz de perceber a forma de uma mão.
B2 - Possui visão parcial, capaz de reconhecer a forma de uma mão e possuidor de acuidade visual de até 2/60 ou campo visual menor que 5 graus.
B3 - Visão parcial, acuidade visual entre 2/60 e 6/60 e campo visual entre 5 e 20 graus.

Ciclismo paraolimpico

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Descrição do Ciclismo Paraolímpico:Paralisados cerebrais, deficientes visuais, amputados e lesionados medulares (cadeirantes) competem nas categorias masculina e feminina. O ciclismo paraolímpico pode ser praticado no individual ou por equipe. As regras seguem as da União Internacional de Ciclismo (UCI), mas com pequenas alterações relativas à segurança e à classificação dos atletas, feitas pela entidade que gerencia a modalidade: o Comitê de Ciclismo do Comitê Paraolímpico Internacional. As bicicletas podem ser de modelos convencionais ou triciclos (para paralisados cerebrais, segundo o grau de lesão). O ciclista cego compete em bicicleta dupla – também chamada de “tandem” – com um guia que pedala no banco da frente. Ambos podem ser do mesmo sexo ou não. Para os cadeirantes, a bicicleta é pedalada com as mãos: é o handcycling. As provas são de velódromo, estrada e contra-relógio
.Entenda mais sobre a classificação funcional
LC – Locomotor Cycling (ciclismo para deficientes de locomoção)
LC1 - Atletas com pequeno prejuízo em função da deficiência. Normalmente nos membros superiores.
LC2 - Esta classificação se aplica aos atletas com prejuízo físico em uma das pernas. Pode ser utilizada prótese para competição.
LC3 - Os competidores pedalam com apenas uma perna e não podem utilizar próteses.
LC4 - É a categoria que apresenta os atletas com maior grau de deficiência. Normalmente pessoas com amputação em um membro superior e um inferior.
Tandem - Para ciclista com deficiência visual ( B1, B2 e B3 )A bicicleta tem dois assentos e ambos ocupantes pedalam em sintonia. Na frente, vai um ciclista não-deficiente visual e no banco de trás vai o atleta com deficiência visual.

Esqui Alpino

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O Esqui Alpino Paraolímpico é uma adaptação do esqui alpino para atletas com defeciências. O esqui alpino Paraolímpico é um dos desportos integrantes dos Jogos Paraolímpicos de Inverno. Este está sob a alçada do Comité Paraolímpico Internacional e sob regras da Federação Internacional de Esqui.
Em adição aos Jogos Paraolímpicos, as corridas de esqui de elite para deficientes incluem os Campeonatos do Mundo de Esqui Alpino para Deficientes (realizada a todos os 4 anos de 1980 a 2004 e a todos os 2 anos a partir de 2009) e o Campeonato Mundial de Esqui Alpino para Deficientes do CPI, um circuito de corrida anual e internacional. Abaixo do nível de Taça do Mundo, as corridas são realizadas no nível Taça Continental. A Taça Europa (ou Europeia) é disputada na Europa, e a Taça Nor-Am na América do Norte; por fim, as corridas de nível sub-Taça do Mundo são também realizadas no Este Asiático, Austrália, Nova Zelândia, e América do Sul.
Em 1984, corridas slalom grandes para quatro categorias de esquiadores em pé masculinos foram realizadas como desporto de demonstração nas Paraolimpíadas de Inverno. Em 1988 uma categoria para deficientes foi outra vez demonstrada, desta vez para homens e mulheres mas limitadas a "três pistas" (atletas amputados nos joelhos).
Os esquiadores deficientes competem em 3 categorias medalháveis diferentes: em pé, sentados, e deficientes visuais. Cada um destes grupos está dividido de 3 a 7 classes, algumas das quais subdivididas em 2 ou 3 subclasses. Dentro de cada uma das 3 classes principais, por vezes são comparadas por significados de "sistema de factor" que tenta colocar os atletas com diferentes deficiências em pé de igualdade com um outro, multiplicando o tempo de cada jogador numa determinada categoria ou sub-classe num número fixo entre zero e um chamado "factor". O resultado é conhecido como o "tempo ajustado", que é o tempo que normalmente aparece na sequência das listas para corridas de esqui para atletas deficientes.

Arco e flecha

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O arco e flecha é regido de acordo com as regras da Federação Internacional de Tiro com Arco (FITA). A modalidade paraolímpica é dividida em três categorias: ARST (atletas com mobilidade reduzida das pernas), ARW1 (atletas tetraplégicos e com dificuldade de mobilidade nos braços) e ARW2 (atletas paraplégicos).
O objetivo do esporte é atirar flechas em um alvo (circunferência) que fica a uma distância de até 70 m (depende da categoria) dos competidores. Quanto mais próxima a flecha ficar do centro do alvo, mais pontos o atleta obtém. A pontuação máxima (o centro) é de 10 pontos.
Após a fase de classificação, que ocorre nos dois primeiros dias de competição, os 64 melhores atletas avançam e se enfrentam em eliminatórias, até que sobrem dois competidores, que fazem a final e decidem a medalha de ouro. As competições são disputadas por atletas em cadeira de rodas. Nas Paraolimpíadas de Pequim, homens, mulheres e equipes irão competir.

Esgrima

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Com provas individuais ou por equipes, esta modalidade destina-se a portadores de deficiência física motora, em cadeira de rodas, nas categorias masculina e feminina. A cadeira é fixada ao solo, por meio de uma armação especial, que ao mesmo tempo posiciona o atleta num certo ângulo e distância. A partida tem três períodos de três minutos - ou até um dos adversários completar 15 pontos e pode ser disputada nas categorias: florete, espada (masculina e feminina) e sabre (masculina).

Atletismo paraolímpico

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O atletismo está no programa Paraolímpico desde a sua primeira edição em Roma, 1960. As provas destinam-se a atletas com todos os tipos de deficiência, nas categorias masculina e feminina. Estes são classificados de acordo com o tipo de deficiência apresentada, de forma a haver equilíbrio na competição. As provas estão divididas em: Corridas (100m, 200m, etc.), saltos (Salto em comprimento, triplo salto, etc.), lançamentos (do peso, do dardo, etc.) e pentatlo.

Basquete em cadeira de rodas

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Basquetebol em cadeira de rodas é um desporto praticado por indivíduos portadores de deficiências. É baseado no basquetebol, mas com algumas adaptações para refletir a presença da cadeira de rodas e para harmonizar os diferentes níveis de deficiência dos jogadores.
A
International Wheelchair Basketball Federation (IWBF) é o corpo governativo para este desporto.

História

Em 1944, Ludwig Guttman através de um programa de reabilitação no Stoke Mandeville Hospital, em Aylesbury, Buckinghamshire, Inglaterra, adaptou os desportos existentes para a utilização de cadeiras de rodas. Os 'World Stoke Mandeville Wheelchair Games', em 1947, foram os primeiros jogos a serem organizados.
O primeiro jogo de basquetebol em cadeira de rodas ocorreu em
1946 nos Estados Unidos. Desde então o jogo tem-se espalhado pelo mundo, e neste momento milhares de atletas o praticam.

Origem dos Jogos Olímpicos

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A origem dos Jogos Olímpicos na Grécia Antiga é frequentemente associada à celebração do desporto e do culto à beleza estética humana, como se estes fossem os seus objectivos principais. Fala-se pouco, porém, na intenção mística e fúnebre de saudar os mortos de cada cidade. No canto XXIII da Ilíada, Homero relata detalhadamente as competições fúnebres que precederam a cremação de Pátroclo, escudeiro de Aquiles.

Num período de quatro em quatro anos, cada pólis ou cidade-estado da Grécia dedicava um dia do ano (a primeira lua cheia do verão do hemisfério Norte) para reverenciar os falecidos nesse quadriénio, e reuniam num campo os pertences dos mortos e abandonavam momentaneamente a cidade, para deixar que os espíritos passeassem entre as suas lembranças de vida terrena. Isso após as sacerdotisas acenderem uma chama que os rapazes levavam até o templo do deus-patrono da cidade.

Em Corinto, um dos principais portos gregos, situado no istmo que liga a península do Peloponeso ao continente, esses jogos eram chamados de Jogos Ístmicos. Em Delfos, onde havia o famoso oráculo de Apolo, eram Jogos Píticos. Em Argos eram Jogos Nemeus. Este conjunto de jogos, juntamente com os Jogos Olímpicos que se realizavam em Olímpia, perto de Elis, ficaram conhecidos como jogos pan-helénicos.
Na cidade de Olímpia (que, diferentemente do que afirma o senso comum, não fica aos pés do Monte Olimpo) havia um templo de dimensões magníficas, dedicado a Zeus. Como todo deus da Antiguidade Clássica possuía variações, de acordo com o mito, a cultura e as particularidades que cada cidade-estado lhe atribuía, este Zeus era o chamado Zeus Olímpico, e junto a seu templo se realizavam os jogos desportivos idênticos aos das outras cidades. Porém era em Olímpia que os jogos atingiam sua plenitude, em organização e número de participantes, e onde desenvolveram-se como competições regulares e de extrema importância para todos os helénicos – e eram chamados Jogos Olímpicos.
Com regulamentos a princípio simples e mais tarde bem complexos e rígidos, os Jogos Olímpicos se realizaram com praticamente nenhuma interrupção, do século VIII a.C. ao V d.C. (mais de mil anos, portanto), mas com diversas modificações. Tanto que, ao serem proibidos por édito do Imperador Teodósio I, já tinham se desvirtuado em longas orgias e bacanais de pouca conotação desportiva.
Ainda assim, a festa começara como celebração dos mortos, e já atraía gigantescas procissões de gregos de várias cidades-estado. Era algo inevitável, pois, que surgissem algumas rixas ou contendas entre os peregrinos. Para distrair esses brigões e proteger a paz das celebrações religiosas, a "organização do evento" passou a promover competições desportivas simultâneas ao culto.

O registro mais antigo dos Jogos Olímpicos que chegou aos nossos dias data de 776 a.C.. Trata-se de uma inscrição num disco de pedra, encontrada nas ruínas do templo de Hera em Olímpia, que refere o acordo de tréguas e manutenção de paz durante a realização dos Jogos Olímpicos, selado entre os reis Ifitos de Ilía, Licurgo de Esparta e Clístenes de Pisa. Com o tempo, outros reinos se foram juntando a este acordo, e a partir daí os Jogos Olímpicos tornaram-se competições de paz, primeiro entre os homens, depois nações entrarem em guerra.

No entanto, as nações que havia em 1896, quando as Olimpíadas retornaram, eram diferentes demais daquelas da Antiguidade. Eram países imensos, não mais cidades, e tinham complicado formas de escolher seus líderes, no lugar dos governos simplificados dos gregos. E possuíam identidades nacionais tão diversas quanto os gregos antigos jamais conheceriam.

Voleibol

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Voleibol é um desporto praticado numa quadra dividida em duas partes por uma rede, possuindo duas equipes de seis jogadores em cada lado. O objectivo da modalidade é fazer passar a bola sobre a rede de modo a que esta toque no chão dentro da quadra adversária, ao mesmo tempo que se evita que os adversários consigam fazer o mesmo. O voleibol é um desporto olímpico, regulado pela Fédération Internationale de Volleyball (FIVB).

História

O volei foi criado em 9 de Fevereiro de 1895 por William George Morgan nos Estados Unidos da América. O objectivo de Morgan, que trabalhava na ACM de Holyoke no Massachusetts, era criar um desporto de equipas sem contacto físico entre os adversários de modo a minimizar os riscos de lesões. Inicialmente jogava-se com uma câmara de ar da bola de basquetebol e foi chamado Mintonette, mas rapidamente ganhou popularidade com o nome de volleyball. O criador do voleibol faleceu em 27 de Dezembro de 1942 aos 72 anos de idade.
Em 1947 foi fundada a FIVB. Dois anos mais tarde, foi realizado o primeiro Campeonato Mundial da modalidade, apenas para homens; em 1952, o evento foi estendido também ao voleibol feminino. Em 1964 o voleibol passou a fazer parte do programa dos Jogos Olímpicos, tendo-se mantido até a actualidade.
Recentemente, o voleibol de praia, uma modalidade derivada do voleibol, tem obtido grande sucesso em diversos países, nomeadamente no Brasil e nos EUA.
Nos desportos colectivos, a primeira medalha de ouro olímpica conquistada por um país lusófono foi obtida pela equipe masculina de volei do Brasil nos Jogos de 1992. A proeza se repetiu nos Jogos Olímpicos de Verão de 2004. Nos Jogos Olímpicos de Verão de 2008 foi a vez da selecção brasileira feminina ganhar a sua primeira medalha de ouro em Olimpíadas.

Regras

Para se jogar voleibol são necessários 12 jogadores divididos igualmente em duas equipes de seis jogadores cada. As equipes são divididas por uma rede que fica no centro da quadra. É necessário uma bola. O jogo começa com um das equipas que devem "sacar". Logo depois do saque a bola deve ultrapassar a rede e seguir ao campo do adversário onde os jogadores tentam evitar que a bola caia no seu campo usando qualquer parte do corpo (antes só era válido usar membros da cintura para cima, mas as regras foram mudadas). O jogador pode rebater a bola para que ela passe para o campo adversário sendo permitidos dar três toques na bola antes que ela passe, sempre alternando os jogadores que dão os toques. Caso a bola caia é ponto da equipa adversária. Outra regra importante é que durante o jogo os jogadores não podem encostar na fita branca acima da rede. O mesmo jogador não pode dar 2 ou mais toques seguidos na bola.

Equipamento

Campo de Voleibol

As partidas de voleibol são confrontos envolvendo duas equipes disputados em ginásio coberto. O campo mede 18 metros de comprimento por 9 de largura, e é dividido por uma linha central em dois quadrados com lados de nove metros que constituem as quadras de cada equipa. O objectivo principal é conquistar pontos fazendo a bola encostar na quadra adversária ou sair da área de jogo após ter sido tocada por um oponente.
Acima da linha central, é postada uma rede de material sintético a uma altura de 2,43m para homens ou 2,24m para mulheres. Cada quadra é por sua vez dividida em duas áreas de tamanhos diferentes (usualmente denominadas "rede" e "fundo") por uma linha que se localiza, em cada lado, a três metros da rede ("linha de 3 metros").
No voleibol, todas as linhas delimitadoras são consideradas parte integrante do campo. Deste modo, uma bola que toca a linha é considerada "dentro" (válida), e não "fora" (inválida). Acima da quadra, o espaço aéreo é delimitado no sentido lateral por duas antenas postadas em cada uma das extremidades da rede. No sentido vertical, os únicos limites são as estruturas físicas do ginásio.
A bola empregada nas partidas de voleibol é composta de couro ou couro sintético e mede aproximadamente 65cm de perímetro. Ela pesa em torno de 270g e deve ser inflada com ar comprimido a uma pressão de 0,30 kg/cm².

Estrutura

Ao contrário de muitos desportos, tais como o futebol ou o basquetebol, o voleibol é jogado por pontos, e não por tempo. Cada partida é dividida em sets que terminam quando uma das duas equipes conquista 25 pontos. Deve haver também uma diferença de no mínimo dois pontos com relação ao placar do adversário - caso contrário, a disputa prossegue até que tal diferença seja atingida. O vencedor será aquele que conquistar primeiramente três sets.
Como o jogo termina quando uma equipa completa três sets vencidos, cada partida de voleibol dura no máximo cinco sets. Se isto ocorrer, o último recebe o nome de time-break e termina quando uma equipa atinge a marca de 15, e não 25 pontos. Como no caso dos demais, também é necessária uma diferença de dois pontos com relação ao placar do adversário.
Cada equipe é composta por doze jogadores, dos quais seis estão actuando na quadra e seis permanecem no banco na qualidade de reservas. As substituições são limitadas: cada técnico pode realizar no máximo seis por set, e cada jogador só pode ser substituído uma única vez, devendo necessariamente retornar à quadra para ocupar a posição daquele que tomara originalmente o seu lugar.
Os seis jogadores de cada equipe são dispostos na quadra do seguinte modo. No sentido do comprimento, três estão mais próximos da rede, e três mais próximos do fundo; e, no sentido da largura, dois estão mais próximos da lateral esquerda; dois, do centro da quadra; e dois, da lateral direita. Estas posições são identificadas por números: com o observador postado frente à rede, aquela que se localiza no fundo à direita recebe o número 1, e as outras seguem-se em ordem crescente conforme o sentido anti-horário.

O jogo

Posicionamento e rotação

No início de cada set, o jogador que ocupa a posição 1 realiza o saque, e, acerta a bola com a mão tencionando fazê-la atravessar o espaço aéreo delimitado pelas duas antenas e aterrar na quadra adversária. Os oponentes devem então fazer a bola retornar tocando-a no máximo três vezes, e evitando que o mesmo jogador toque-a por duas vezes consecutivas.
O primeiro contacto com a bola após o saque é denominado recepção ou passe, e seu objectivo primordial é evitar que ela atinja uma área válida do campo. Segue-se então usualmente o levantamento, que procura colocar a bola no ar de modo a permitir que um terceiro jogador realize o ataque, ou seja, acerte-a de forma a fazê-la aterrar na quadra adversária, conquistando deste modo o ponto.
No momento em que a equipa adversária vai atacar, os jogadores que ocupam as posições 2, 3 e 4 podem saltar e estender os braços, numa tentativa de impedir ou dificultar a passagem da bola por sobre a rede. Este movimento é denominado bloqueio, e não é permitido para os outros três atletas que compõem o restante da equipe.
Em termos técnicos, os jogadores que ocupam as posições 1, 5 e 6 só podem acertar a bola acima da altura da rede em direção à quadra adversária se estiverem no "fundo" de sua própria quadra. Por esta razão, não só o bloqueio torna-se impossível, como restrições adicionais se aplicam ao ataque. Para atacar do fundo, o atleta deve saltar sem tocar com os pés na linha de três metros ou na área por ela delimitada; o contacto posterior com a bola, contudo, pode ocorrer no espaço aéreo frontal.
Após o ataque adversário, a equipa procura interceptar a trajectória da bola com os braços ou com outras partes do corpo para evitar que ela aterre na quadra. Se obtém sucesso, diz-se que foi feita uma defesa, e seguem-se novos levantamento e ataque. O jogo continua até que uma das equipes cometa um erro ou consiga fazer a bola tocar o campo do lado oponente.
Se a equipa que conquistou o ponto não foi o mesmo que havia sacado, os jogadores devem deslocar-se em sentido horário, passando a ocupar a próxima posição de número inferior à sua na quadra (ou a posição 6, no caso do atleta que ocupava a posição 1). Este movimento é denominado rodízio.
Líbero

O líbero é um atleta especializado nos fundamentos que são realizados com mais frequência no fundo da quadra, isto é, recepção e defesa. Esta função foi introduzida pela FIVB em 1998, com o propósito de permitir disputas mais longas de pontos e tornar o jogo deste modo mais atraente para o público. Um conjunto específico de regras se aplica exclusivamente a este jogador.
O líbero deve utilizar uniforme diferente dos demais, não pode ser capitão da equipa, nem atacar, bloquear ou sacar. Quando a bola não está em jogo, ele pode trocar de lugar com qualquer outro jogador sem notificação prévia aos árbitros, e suas substituições não contam para o limite que é concedido por set a cada técnico.
Por fim, o líbero só pode realizar levantamentos de toque do fundo da quadra. Caso esteja pisando sobre a linha de três metros ou sobre a área por ela delimitada, deverá exercitar somente levantamentos de manchete, pois se o fizer de toque por cima (pontas dos dedos) o ataque deverá ser executado com a bola abaixo do bordo superior da rede.

Pontos

Existem basicamente duas formas de marcar pontos no voleibol. A primeira consiste em fazer a bola aterrar sobre a quadra adversária como resultado de um ataque, de um bloqueio bem sucedido ou, mais raramente, de um saque que não foi correctamente recebido. A segunda ocorre quando a equipa adversário comete um erro ou uma falta.

Fundamentos

Uma equipa que deseja competir em nível internacional precisa dominar um conjunto de seis habilidades básicas, denominadas usualmente sob a rubrica "fundamentos". Elas são: saque, passe, levantamento, ataque, bloqueio e defesa. A cada um destes fundamentos compreende um certo número de habilidades e técnicas que foram introduzidas ao longo da história do voleibol e são hoje consideradas prática comum no desporto.

Saque ou serviço

O saque ou serviço marca o início de uma disputa de pontos no voleibol. Um jogador posta-se atrás da linha de fundo de sua quadra, estende o braço e acerta a bola, de forma a fazê-la atravessar o espaço aéreo acima da rede delimitado pelas antenas e aterrar na quadra adversária. Seu principal objectivo consiste em dificultar a recepção de seu oponente controlando a aceleração e a trajectória da bola.
Um saque que a bola aterra directamente sobre a quadra do adversário sem ser tocada pelo adversário – é denominado em voleibol "ace", assim como em outros desportos tais como o ténis.

Passe

Também chamado recepção, o passe é o primeiro contacto com a bola por parte da equipa que não está sacando e consiste, em última análise, em tentativa de evitar que a bola toque a sua quadra, o que permitiria que o adversário marcasse um ponto. Além disso, o principal objectivo deste fundamento é controlar a bola de forma a fazê-la chegar rapidamente e em boas condições nas mãos do levantador, para que este seja capaz de preparar uma jogada ofensiva.
O fundamento passe envolve basicamente duas técnicas específicas: a "manchete", em que o jogador empurra a bola com a parte interna dos braços esticados, usualmente com as pernas flexionadas e abaixo da linha da cintura; e o "toque", em que a bola é manipulada com as pontas dos dedos acima da cabeça.
Quando, por uma falha de passe, a bola não permanece na quadra do jogador que está na recepção, mas atravessa por cima da rede em direção à quadra da equipe adversária, diz-se que esta recebeu uma "bola de graça".


Manchete

É uma técnica de recepção realizada com as mãos unida e os braços um pouco separados e braços estendidos, o movimento da manchete tem início nas pernas e é realizado de baixo para cima numa posição mais ou menos cómoda, é importante que a perna seja flexionada na hora do movimento, garantindo maior precisão e comodidade no movimento. Ela é usada em bolas que vem em baixa altura, e que não tem chance de ser devolvida com o toque.
É considerada um dos fundamentos da defesa, sendo o tipo de defesa do saque e de cortadas mais usado no jogo de voleibol. É uma das técnicas essenciais para o líbero mas também é empregada por alguns levantadores para uma melhor colocação da bola para o atacante.

Levantamento

O levantamento é normalmente o segundo contacto de uma equipa com a bola. Seu principal objectivo consiste em posicioná-la de forma a permitir uma acção ofensiva por parte da equipe, ou seja, um ataque.
A exemplo do passe, pode-se distinguir o levantamento pela forma como o jogador executa o movimento, ou seja, como "levantamento de toque" e "levantamento de manchete". Como o primeiro usualmente permite um controle maior, o segundo só é utilizado quando o passe está tão baixo que não permite manipular a bola com as pontas dos dedos, ou no voleibol de praia, em que as regras são mais restritas no que diz respeito à infracção de "carregar".
Também costuma-se utilizar o termo "levantamento de costas", em referência à situação em que a bola é lançada na direção oposta àquela para a qual o levantador está olhando.
Quando o jogador não levanta a bola para ser atacada por um de seus companheiros de equipa, mas decide lançá-la directamente em direção à quadra adversária numa tentativa de conquistar o ponto rapidamente, diz-se que esta é uma "bola de segunda".

Ataque

O ataque é, em geral, o terceiro contacto de um jogador com a bola. O objectivo deste fundamento é fazer a bola aterrar na quadra adversária, conquistando deste modo o ponto em disputa. Para realizar o ataque, o jogador dá uma série de passos contados ("passada"), salta e então projecta seu corpo para a frente, transferindo deste modo seu peso para a bola no momento do contacto.
Bloqueio

Bloqueio triplo


O bloqueio refere-se às acções executadas pelos jogadores que ocupam a parte frontal da quadra (posições 2-3-4) e que têm por objectivo impedir ou dificultar o ataque da equipe adversária. Elas consistem, em geral, em estender os braços acima do nível da rede com o propósito de interceptar a trajectória ou diminuir a velocidade de uma bola que foi cortada pelo oponente.
Denomina-se "bloqueio ofensivo" à situação em que os jogadores têm por objectivo interceptar completamente o ataque, fazendo a bola permanecer na quadra adversária. Para isto, é necessário saltar, estender os braços para dentro do espaço aéreo acima da quadra adversária e manter as mãos viradas em torno de 45-60° em direção ao punho. Um bloqueio ofensivo especialmente bem executado, em que bola é direccionada directamente para baixo em uma trajectória praticamente ortogonal em relação ao solo, é denominado "toco".
Um bloqueio é chamado, entretanto, "defensivo" se tem por objectivo apenas tocar a bola e deste modo diminuir a sua velocidade, de modo a que ela possa ser melhor defendida pelos jogadores que se situam no fundo da quadra. Para a execução do bloqueio defensivo, o jogador reduz o ângulo de penetração dos braços na quadra adversária, e procura manter as palmas das mãos voltadas em direção à sua própria quadra.
O bloqueio também é classificado, de acordo com o número de jogadores envolvidos, em "simples", "duplo" e "triplo".

Defesa

A defesa consiste em um conjunto de técnicas que têm por objectivo evitar que a bola toque a quadra após o ataque adversário. Além da manchete e do toque, já discutidos nas secções relacionadas ao passe e ao levantamento.

Marcha

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A Marcha Atlética é uma modalidade do atletismo onde se executa uma progressão de passos de maneira que o atleta sempre mantenha contacto com o solo com, pelo menos, um dos pés. A perna que avança tem que estar recta, (ou seja, não dobrada) desde o momento do primeiro contacto com o solo até que se encontre em posição vertical.
A Marcha foi integrada nos Jogos Olímpicos em 1908 e em 1992 passou a ser disputada também na categoria feminina.
As provas de marcha atlética são disputadas na distância de 20km, feminino, e 20km e 50km masculino, que se realizam normalmente numa pista de rua. A marcha é uma actividade em que a resistência, a coordenação, o ritmo e a agilidade do atleta são fundamentais.
O regulamento estabelece que os juízes de Marcha têm que avisar aos atletas que por sua forma de marchar correm o risco de cometer alguma falta, e para isso utilizam discos amarelos como símbolos de uma possível infracção. No julgamento de Marcha, quando um atleta comete infracção é mostrado um cartão vermelho. Quando três juízes diferentes mostram os cartões vermelhos a um atleta, o juiz chefe procede a desqualificação do mesmo.
O actual recorde mundial na categoria de 20km é do equatoriano Jefferson Pérez, com 1h17m21s e nos 50km pertence ao russo Denis Nizhegorodov, com 3h35m29s.
O maior nome da marcha atlética em todos os tempos é o do polonês Robert Korzeniowski, tetracampeão olímpico e tricampeão mundial, nas duas distâncias, entre 1996 e 2004.

Triatlo

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Triatlo é uma palavra grega que designa um evento atlético composto por três modalidades. Actualmente, o nome triatlo é em geral aplicado a uma combinação de natação, ciclismo e corrida, nessa ordem e sem interrupção entre as modalidades.
Pode-se dizer que o triatlo moderno surgiu no San Diego Track Club na década de 1970. A primeira grande competição de triatlo, entretanto, foi o Ironman Triathlon, organizado em 1978 no Havaí. Naquela ocasião, a competição foi organizada com o intuito de esclarecer qual dos atletas (nadador, ciclista ou corredor) era o melhor condicionado fisicamente, que possuía a maior resistência. Era uma competição genuinamente individual, na qual não era permitida interacções entre alguns competidores que viessem a prejudicar os demais. Por exemplo, não era permitida prática conhecida como vácuo (que é a redução da resistência aerodinâmica em até 30%, conseguida pelo atleta que se posiciona atrás de outro) durante a etapa de ciclismo.

A modalidade estreou no programa nos jogos de Sidney no ano 2000, após sofrer algumas modificações estabelecidas pela União Internacional de Triatlo (ITU), fundada em 1989. Tais modificações, aplicadas com o fim de tornar a modalidade mais atractiva ao público, alteraram consideravelmente a dinâmica da prova e afastaram-na dos princípios que guiaram o nascimento da modalidade, mas aproximaram o desporto de requisitos necessários para ingressar no âmbito dos desportos olímpicos. Algumas das alterações mais importantes para que o triatlo se tornasse um desporto olímpico dizem respeito aos uniformes e a exposição de logo-marcas de patrocinadores nos uniformes dos atletas. Além disso, nos Jogos Olímpicos os países podem, de acordo com critérios de desempenho, enviar no máximo 03 (três) atletas tanto no masculino, quanto no feminino, que farão parte de uma mesma selecção de seus países.
Pode-se classificar as provas de triatlo de acordo com as distâncias percorridas e com os locais onde as provas são disputadas. As principais são as seguintes:
Sprint: 750 metros de natação / 20 km de bicicleta / 5 km de corrida
Olímpico: 1.5 km de natação / 40 km de bicicleta / 10 km de corrida
Ironman: 3.8 km (2.4 milhas) de natação / 180 km (112 milhas) de bicicleta / 42 km (26.2 milhas) de corrida.

Existe também uma variante de Inverno deste desporto que tem lugar na neve e que geralmente consiste de esqui de corta-mato, ciclismo de montanha e corrida (nesta ordem).
Outras variantes populares são os chamados triatlos de aventura ou off road, que consistem de natação, ciclismo de montanha e corrida em trilha e o Triatlo Rápido, que consiste em provas mais curtas, totalizando menos de 20 minutos por bateria, em baterias subsequentes com intervalos pré-determinados.

Halterofilismo

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Halterofilismo, ou "Levantamento de Peso Olímpico" (LPO), utilizando uma terminologia mais apropriada, para não confundir com outros desportos em que se utilizam halteres para os seus fins, é um desporto cujo objectivo é desenvolver a "força", a "potência" muscular e levantar a maior quantidade de peso possível, do chão até sobre a cabeça.
É quase impossível traçar uma data exacta do primeiro campeonato de levantamento de pesos. Os testes de força humana, duma forma ou outra, são provavelmente mais velhos do que a própria civilização. As imagens de homens que levantam objectos pesados, ao que parece para o desporto, aparecem em registros egípcios antigos, em textos chineses e em gravuras gregas.
As primeiras competições organizadas de levantamento de pesos começaram na Europa no final do ano de 1800, e o primeiro campeonato mundial do desporto foi realizado em 1891. Naquele tempo não havia nenhuma divisão de peso e os títulos foram dados ao homem que foi capaz de levantar o maior peso possível, sem que fosse considerada sua massa corporal.
O levantamento de pesos esteve presente no programa dos primeiros Jogos Olímpicos em 1896, Atenas, Grécia, como parte dos jogos desportivos, com duas modalidades: levantamentos com uma mão e com duas mãos, e foi deixado de fora dos Jogos de 1900; ele reapareceu em 1904, com duas provas: levantamento com duas mãos e haltere geral.
Em 1920 tinham sido estabelecidas cinco divisões de peso e três disciplinas compunham a competição – o Desenvolvimento ("Clean and Press"), o Arranco ("Snatch") e o Arremesso ("Clean and Jerk"). O Levantamento de Peso Olímpico voltou nas Olimpíadas de 1920, em Antuérpia, Bélgica, e não foi mais retirado. Em 1972, o desenvolvimento foi abolido depois das Olimpíadas de Munique, Alemanha, deixando o Arranco e o Arremesso como as duas disciplinas olímpicas do desporto.
Algumas das regras, os equipamentos e as categorias de peso são apontadas a seguir.
A competição é realizada numa plataforma (tablado) de 4 metros quadrados, revestida de material antideslizante e três árbitros julgam se os levantamentos foram válidos ou não, accionando um sistema de luzes: branca para levantamento válido e vermelha para nulo.
O objectivo no levantamento de pesos é simples: levantar tanto peso enquanto possível; quem levantar mais peso, ganha. Em caso de empate, a vitória cabe ao atleta que pesar menos. Se mesmo assim o empate persistir, ganha aquele que tiver levantado primeiro.
A competição moderna, como dito acima, compõe-se de duas provas: o Arranco (ou Arranque) e o Arremesso. O Arranco é a primeira prova da competição e consiste em levantar a barra acima da cabeça à partir do solo em um movimento sem pausa, sem apoiá-la no corpo.
Na prova do Arremesso a barra é levantada primeiro até à altura dos ombros (a "sustentada") e depois, num segundo movimento também único e contínuo, é levantada até acima da cabeça (o "empurrão"). O Arremesso permite que se eleve uma quantidade maior de peso do que no arranque.
No final dos movimentos, tanto do arranco quanto do arremesso, o atleta deve estabilizar a barra, estando com os braços estendidos e as pernas paralelas.
Em cada uma das provas os atletas dispõem de três tentativas para levantar a maior carga possível. Há 1 minuto para o primeiro Levantador de Peso Olímpico, numa competição, começar a tentativa, ou 2 minutos se for o próximo. O aumento mínimo é 1 kg entre duas tentativas, excepto depois da primeira tentativa, quando é de 2 kg. Tentando quebrar um registo (recorde) nacional ou mundial, o aumento de peso deve ser de pelo menos 0,5 kg (embora só os múltiplos mais próximos de 2,5 kg possam ser contados para o somatório total). O somatório dos maiores pesos levantados em cada uma das duas provas, determina o total combinado e vence quem tiver maior somatório.
Os equipamentos do Levantamento de Peso Olímpico são uma barra de aço, os discos (ou anilhas, cujo peso varia conforme a coloração) e duas braçadeiras (ou presilhas), de 2,5 kg cada uma, que servem para fixar os discos na barra. Para a prova masculina, a barra específica deve medir 2,20 m de cumprimento, pesar 20 kg e possui 28 mm de diâmetro; para a prova feminina, a barra deve possuir 2,01 m, 15 kg e 25 mm de diâmetro.
Actualmente os atletas são divididos em quinze categorias de peso ao todo. Oito masculinas, sete femininas, conforme a massa corporal. As categorias actuais são, para os homens: até 56 kg, 62 kg, 69 kg, 77 kg, 85 kg, 94 kg, 105 kg, acima de 105 kg. Para as mulheres: até 48 kg, 53 kg, 58 kg, 63 kg, 69 kg, 75 kg, acima de 75 kg.
O Arranco e o Arremesso são os movimentos mais completos, amplos e difíceis, como também os mais antigos, para levantar peso. O Levantamento de Peso Olímpico é uma perfeita demonstração combinada de força física, habilidade técnica e concentração; ou seja, cada atleta que compete precisa de prontidão física e mental/emocional e habilidades puramente técnicas.
A prova "rainha" desta modalidade é a masculina para os super pesados (acima de 105 kg), em Olimpíadas, em que o vencedor é chamado o atleta mais forte do mundo olímpico. Actualmente, as melhores marcas são do iraniano Hossein Rezazadeh. Rezazadeh levantou 213 kg no Arranco (2003, em Quinhuangdao, China), 263,5 kg no Arremesso (2004, nas Olimpíadas de Atenas) e 472,5 kg no total (212,5+260), (2000, nas Olimpíadas de Sidney, Austrália).
O maior levantador de peso olímpico de todos os tempos é o turco Naim Suleymanoglu, que quebrou 58 recordes e conquistou três medalhas de ouro em Olimpíadas (em 1988, 92 e 96). Da antiga categoria até 60 kg, com 1,47 m de altura, Suleymanoglu, o "Pequeno Hércules" (como foi apelidado), levantou 152,5 kg no Arranco, 190 kg no Arremesso e 342,5 kg no total (1988, todas nas Olimpíadas de Seul, Coreia). O recordista de participações em Olimpíadas é o húngaro Imri Földi, presente em cinco Jogos, de 1960 a 1976; o norte-americano Norbert Schemansky foi o único a conquistar medalha em quatro Jogos, prata 1948, ouro em 1952 e bronze em 1960 e 1964. O soviético/russo Vassily Alexeev detém a maior quantidade de recordes: 80 ao longo de sua carreira profissional.
O desporto é regulado pela International Weightlifting Federation (IWF), fundada em 1905, com sede em Budapeste, Hungria, com 167 nações afiliadas.